terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Alto nível da proteína homocisteína pode indicar novo fator de risco para a doença

Fonte: Sítio Veg

Associado à degeneração dos neurônios, a doença de Alzheimer também pode ter ligação com a presença excessiva de um tipo de aminoácido, a homocisteína, no sangue. Embora pesquisas já tivessem sugerido essa relação, pela primeira vez um estudo conseguiu comprovar que, quanto maior o nível da proteína, mais chances a pessoa tem de desenvolver a doença. A constatação é do hematologista Dimitri Zylberstein, da Universidade de Gotemburgo, na Suécia.
 
– Nosso estudo demonstra uma clara associação entre o índice elevado de homocisteína e a doença de Alzheimer. Esse resultado, assim como os de estudos anteriores, implica que a doença provavelmente não é puramente degenerativa, mas completamente, ou pelo menos parcialmente, de origem vascular – afirma o médico.
 
Um importante amionácido para o metabolismo, a homocisteína é produzida no corpo depois da ingestão de carnes e laticínios. Em excesso, ela prejudica as artérias, formando placas de gorduras que podem levar a infartos e derrames. Estudos anteriores acompanharam por, no máximo, oito anos a relação entre demência e o alto índice da homocisteína. Já o conduzido por Zylberstein foi o primeiro a fazer um acompanhamento a longo prazo, de 35 anos, o que garantiu a certeza dos resultados. Além disso, até hoje não havia associações entre o desenvolvimento de Alzheimer em idosas que, na meia-idade, tinham taxas elevadas do aminoácido.
 
Zylberstein conseguiu fazer essa constatação. Para isso, o médico utilizou uma pesquisa sobre a saúde feminina realizada em Gotemburgo no fim da década de 1960. No total, 1,5 mil mulheres entre 38 e 60 anos tiveram o sangue coletado e deram informações sobre sua saúde em geral. Passadas mais de três décadas, Zylberstein resgatou o resultado e foi a campo, descobrir como estavam, hoje, as voluntárias. Ele descobriu que o Alzheimer teve incidência duas vezes maior nas mulheres que, na época do exame de sangue, tinham índices altos de homocisteína. Em relação aos outros tipos de demência, aquelas com alteração na taxa possuíam 70% mais chances de apresentar o problema. Segundo o cientista, que agora pesquisa a cura do mal, dois aspectos devem ser ressaltados sobre o resultado do estudo.
 
– Em primeiro lugar, a descoberta de que o excesso de homocisteína na meia-idade vai afetar a vida da pessoa muitas décadas depois. Em segundo que, se por um lado, demoram cerca de 15 anos para os efeitos se expressarem nos infartos do miocárdio, a média de surgimento da demência é 22 anos – diz.
 
Para Zylberstein, a cura ainda está distante, mas ele acredita que o resultado da pesquisa poderá ajudar a diminuir a incidência de Alzheimer, já que é possível controlar a taxa do aminoácido, ao se ingerir ácido fólico e vitamina B12.
 
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Eu sou vegetariana restrita (não consumo alimentos de origem animal) e, por isso, sempre pesquiso muito sobre a ligação entre alimentação e as doenças! Achei muito interessante o resultado dessa pesquisa que relaciona os alimentos de origem animal com uma maior chance de desenvolvimento de Alzheimer. Minha avó sempre se alimentou muito mal durante toda a vida, ingerindo muitos alimentos de origem animal, especialmente leite e seus derivados. Atualmente ela alega não gostar mais de carne, porém, sua alimentação continua ruim, pois ela se recusa a comer a maior parte dos alimentos saudáveis! Dificilmente conseguimos convencê-la a comer uma fruta e verduras, por exemplo. Nos últimos anos, quando ainda estava "bem" e escolhia seus próprios alimentos, ela comia basicamente biscoitos, pães e doces. Resumindo: tudo errado. Tento conscientizar minha mãe disso, para que ela se cuide e previna o desenvolvimento da doença, já que nós temos claramente o fator genético para seu desenvolvimento! Espero conseguir fazer tudo o que for possível para não sofrer desse mal no futuro!

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