quarta-feira, 27 de março de 2013

Útimas notícias e as difíceis decisões da vida

Bom, as últimas notícias por aqui são que a situação com a minha avó piorou a um ponto de se tornar ainda mais insustentável.
 
Resultado: após muita confusão, discussão e diálogo, minha mãe está convencida de que a Casa de Repouso é a única solução. A Casa de Repouso da cidade está com uma vaga e amanhã cedo minha mãe irá confirmar.
 
Provavelmente viajarei amanhã para lá, para dar um apoio para a minha mãe no momento em que o pessoal da Casa de Repouso for buscar minha avó. Minha mãe está péssima, quase não conseguimos conversar ao telefone hoje de tanto que ela chorava.
 
Enfim...
 
Depois contarei aqui o que aconteceu.

domingo, 17 de março de 2013

Notícias atuais

Demorei para voltar a postar, não por falta de notícias, mas mais por falta de ânimo mesmo.
 
Não vejo minha avó e minha mãe desde Janeiro, e a situação por lá está péssima, como sempre. O psiquiatra mudou os medicamentos dela: agora, no lugar da Quetiapina, ela está tomando um medicamento chamado "Zap" (olanzapina 5mg) e Donaren Retard (cloridrato de trazodona 150mg). Porém, esses medicamentos não estavam surtindo o mesmo efeito, então o médico prescreveu o Neuleptil (periciazina 40mg/ml) em gotas, e avisou que minha mãe só deveria dar esse medicamento em "último caso", pois ele deixa minha avó completamente dopada! O problema é que as coisas chegaram a um ponto onde minha mãe precisa dar o medicamento todos os dias! Quando ela não dá o Neuleptil, minha avó fica completamente maluca, agressiva, delirando e tendo vários surtos, não dorme, não fica quieta, etc, tanto no dia em que não toma o medicamento quanto no dia seguinte. E, quando ela toma, dorme bem, mas fica "dopada" boa parte do dia seguinte.
 
Minha mãe está enfrentando um dilema com essa situação, pois se sente culpada por dar o medicamento e deixar minha avó dopada.
Mas eu não vejo as coisas por esse ângulo. Infelizmente, com as coisas do jeito que estão, manter minha avó dopada está sendo a única maneira de suportar! Minha mãe arca com todas as responsabilidades e cuidados praticamente sozinha, então sou da opinião que ela precisa fazer as coisas "funcionarem" da maneira que torne sua vida um pouco menos pior. Até porque, manter minha avó "alerta" em seus surtos não traz benefícios a ninguém, muito menos a ela própria, já que ela sofre de verdade ao acreditar em seus delírios.
 
Outro detalhe que anda se tornando comum é que minha avó agora acredita, na maior parte dos dias, que minha mãe é sua irmã. Minha mãe acaba "entrando" em sua ilusão na tentativa de contornar melhor a situação, dizendo que a mãe "delas" faleceu e que as duas moram juntas desde então. Às vezes isso funciona para manter minha avó "conformada", outras não. 
 
E assim vamos tocando.