quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Relato sobre os dias 6 e 7 de Fevereiro de 2013

Como eu havia citado anteriormente aqui no blog, no dia 5 a M. começou a dormir na casa da minha avó para minha mãe descansar.
 
Até então eu não tinha notícias de como havia sido essa noite, mas hoje, conversando pelo telefone com minha mãe, fiquei sabendo de tudo o que ocorreu.
 
Minha mãe contou que deixou a M. com a minha avó e voltou para casa na noite do dia 5, dormiu e acordou às 6h da manhã para trabalhar. Alguns minutos depois de ter acordado, o telefone toca. Quando ela olhou o identificador de chamadas, era da casa da minha avó! Na mesma hora ela estremeceu! Atendeu e era a M., pedindo para minha mãe passar na casa da minha avó antes de ir trabalhar. Segundo ela, minha avó havia passado quase a noite toda em claro pedindo para "ir para casa" e desde às 4h da manhã estava acordada dando escândalo e, naquele exato momento, 6h da manhã (com o dia ainda escuro!), estava sentada na varanda esperando para alguém abrir o portão e ela poder sair!!!!
 
Bom, minha mãe, obviamente, ficou super nervosa e foi até a casa da minha avó. Chegando lá, deu uma "bronca" nela e a fez voltar para a cama. Nota: geralmente minha avó só obedece quando minha mãe dá bronca nela! É meio como se ela fosse uma criança! Quando ela está em crise, não dá ouvidos a NINGUÉM! Complicado!
 
Depois disso minha mãe deixou minha avó com a M. outra vez e foi trabalhar (ela é professora). Disse que ficou tão nervosa que meu pai precisou levá-la de carro! Coitada...
 
Enfim... ela disse que escreveu uma carta para o psiquiatra e no dia 6 mesmo (Quarta-feira) deixou a carta no consultório e esperou que ele retornasse. O psiquiatra telefonou e os 2 conversaram via telefone. Minha mãe explicou direitinho tudo o que estava acontecendo e ele mandou DOBRAR outra vez a dose do Fumarato de Quetiapina (de 200mg para 400mg!). Ao contrário do que a neurologista alegou, ele disse que isso não causaria nenhum problema para a minha avó e que sim, às vezes é necessário aumentar MUITO a dose desse medicamento para que o idoso com Alzheimer se acalme!
 
Só sei que, depois disso, minha mãe relatou que aumentou a dose no mesmo dia e que de ontem pra hoje minha avó dormiu bem (nem viu que era a M. que estava na casa dela!) e que hoje ficou calma o dia inteiro, mais bem humorada e que quase não pediu para voltar para casa!!! Disse que hoje, às 21h, quando a M. chegou e minha mãe pôde ir para casa, minha avó já estava dormindo e não dava sinais de que acordaria outra vez!
 
Bom, eu espero de coração que a dose maior desse medicamento surta efeito e que minha avó continue calma durante o dia e dormindo durante a noite! Depois da noite "tensa" do dia 5, minha mãe ficou até com medo que a M. desistisse de dormir com a minha avó, mas não, ela não desistiu. Menos mal!
 
Um detalhe sobre a minha avó: quando ela está calma e bem humorada, mesmo não "reconhecendo" sua própria casa, ela se mantém "conformada" com a ideia de estar numa "casa estranha"! Hoje, por exemplo, antes de colocá-la na cama, minha mãe relatou que ela pediu para ir para sua casa, porém, minha mãe alegou que estava muito tarde para saírem na rua e minha avó aceitou, dizendo que dormiria ali mesmo e que na manhã seguinte "voltaria" para sua casa! Isso não acontece quando ela está nas suas crises depressivas e de mau humor! Quando ela fica agitada e nervosa, nada a convence e ela não sossega até que alguém dê uma volta com ela na rua e "simule" levá-la de volta para sua casa! Esses momentos de tranquilidade parecem ser resultado do aumento da dose do Fumarato de Quetiapina! Veremos se realmente continuará resolvendo o problema nos próximos dias...

Nota importante: NUNCA aumente ou mude a dose de um medicamento sem antes conversar com o médico! Os medicamentos e doses que eu cito aqui no blog são ajustados para o caso da minha avó e podem não funcionar ou serem prejudiciais para outra pessoa!

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