segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

3 de Fevereiro de 2013

Domingo.
 
Logo pela manhã, quando foi até a casa da minha avó, minha mãe soube através da M. que, na noite anterior, minha avó ainda continuou chorando por um tempo mas, logo depois, parou e quis ir ao banheiro. A M. a levou, depois ela pediu um pouco de café, a M. deu e, em seguida, ela aceitou ir para a cama novamente e acabou dormindo.
 
Minha avó acordou um pouco mal humorada no Domingo, porém, como sempre, não se lembrava de NADA ocorrido na noite anterior (nem mesmo que a M. havia passado a noite com ela). Ficou calma até a hora do almoço, mas logo depois começou a "novela" de insistir que precisava voltar para sua casa.
 
Como eu retornaria para Belo Horizonte no Domingo à tarde, tentamos convencê-la de esperar para que pudesse se despedir de mim. Ela acabou aceitando e, após o almoço, levei-a para o quarto e a convenci a deitar e descansar um pouco até a hora do café. Ela aceitou, a colocamos na cama e meu pai ficou com ela enquanto eu e minha mãe fomos para a casa deles para que eu arrumasse minha mala.
 
Porém, alguns minutos depois meu pai telefonou dizendo que ela havia acordado e estava nervosa, insistindo em ir embora. Ele tentou convencê-la a esperar por mim, mas nada estava funcionando. Ainda assim ele continuou sozinho com ela, para que eu pudesse arrumar minhas coisas e para que minha mãe pudesse descansar um pouco.
 
Às 14h voltamos para a casa da minha avó e a situação já estava insuportável outra vez!
 
Minha avó havia dado vários escândalos tentando ir embora e meu pai precisou esconder todas as chaves da casa. Ele estava super nervoso e abalado e fiquei com um medo real que meu pai passasse mal (ele é uma pessoa muito nervosa, ansiosa e, para piorar, é hipertenso). Minha avó encontrava-se sentada numa cadeira na varanda, resmungando e tentando arrancar sua fralda. A convenci a esperar um pouco. Minha mãe fez café e esperamos a prima dela e o marido chegarem às 15h (eles se ofereceram para ficar com a minha avó enquanto meus pais me levariam para dar um "oi" para minha outra avó, que mora na cidade ao lado, e, posteriormente, ao aeroporto).
Um pouco antes das 15h tentamos convencer minha avó a ir para o quarto para que trocássemos sua fralda, e foi uma luta! Ela não queria ir, ficou agressiva, nos xingou, mas ignoramos e a levamos assim mesmo. Troquei rápido sua fralda e logo em seguida a levamos de volta para a varanda. Nisso a prima da minha mãe e o marido chegaram e a distraíram enquanto meu pai foi para a nossa casa trocar de roupa e buscar minha mala e o carro. Ficamos preocupadas porque meu pai não parecia estar bem.
Alguns minutos depois ele chegou, eu me despedi da prima da minha mãe e do marido e depois da minha avó. Ela quis se levantar para ir embora junto comigo, mas a convencemos de que a prima da minha mãe a levaria e ela aceitou.
 
Essa foi a última vez que estive com a minha avó. Foi uma tarde terrível.
Meu pai permaneceu o resto da tarde abalado. Ficamos com medo que ele não desse conta de dirigir, mas, no fim, deu tudo certo. Fomos até a casa da minha outra avó, tomamos café e às 17h chegamos no aeroporto.
 
Cheguei em Belo Horizonte as 19h30min e conversei pelo telefone com meus pais às 20h30min.
Minha mãe contou que sua prima e o marido levaram minha avó para passear na casa deles, conseguiram distraí-la uma parte da tarde e depois a levaram de volta para sua casa. Porém, antes de dormir, minha avó voltou a insistir em voltar para sua casa. Minha mãe a colocou na cama e, às 21h15min, nos falamos outra vez e ela disse que até então minha avó continuava quieta na cama.
 
Não sei o que aconteceu depois disso.

Nenhum comentário: